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Educação emocional

Yolanda Abreu – psicóloga parental

yolanda.psi@gmail.com

Educação emocional é o processo através do qual aprendemos a compreender as emoções e a construir estratégias para bem administrá-las, a partir do exercício da empatia e da tomada de decisão responsável. Sempre que estamos interagindo com uma criança, contribuímos para educar as suas emoções, estando conscientes disso ou não.

Algumas formas de educação emocional, ao invés de ajudar, prejudicam a saúde emocional da criança. Quando falamos algo como “Isso não foi nada, não precisa gritar assim” ou “Engole o choro! Para de frescura” mesmo sem perceber, transmitimos a mensagem de que as emoções infantis não são importantes, estão erradas ou proibidas. Isso ensina à criança que ela deve se desconectar das próprias emoções, “sufoca-las” dentro de si. Ensina que, para se comportar bem e ser amada, ela precisa ignorar suas necessidades.

Por outro lado, podemos ajudar a promover o bem-estar, a autoestima e uma relação positiva com as próprias emoções, aceitando e transformando seus estados emocionais. Por exemplo, quando estimulamos que a criança nomeie seus sentimentos, explique qual a causa e reflita sobre quais escolhas são mais apropriadas para aliviar seu mal-estar. Podemos dizer: “Você pode me contar o que está sentindo?”; “O que aconteceu para que você se sentisse assim?” e “Vamos pensar juntos em um modo de você se sentir melhor?”. Com as crianças menores, é importante que nós a ajudemos nesse processo. Por exemplo: “Estou percebendo que você está com raiva. Tudo bem sentir raiva, todo mundo sente isso de vez em quando. Você gostaria de um abraço para ajudar a raiva a ir embora?” Ou podemos distrair a atenção da criança pequena com algum estímulo tranquilizador, como cantar uma música ou contar uma história empolgante. O mais importante é manter a calma e ter em mente que a criança precisa de ajuda para lidar com aquela emoção e se sentir melhor. Então, ela terá mais recursos internos para fazer boas escolhas de comportamento.

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