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Série: Percorrendo o Catecismo

Escrito por João Victor Santos Fernandes

Por que e para que existo?

Nossa jornada é longa, e iremos pegar uma estrada que nos levará a ter um encontro muito especial. E para ser especial, esta estrada irá nos apresentar vários lugares que promovem conhecimentos da Pessoa que iremos encontrar. Porém, antes de viver esta grande aventura, vale perguntar: alguma vez você já parou para pensar no porquê da sua existência? Será que você veio do nada? Sabendo da sua existência, será que você tem algum propósito?

O Catecismo da igreja vai dizer em seu Prólogo que: “Deus, infinitamente perfeito e Bem-aventurado em Si mesmo, num desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para o tornar participante da sua vida bem-aventurada.”, isto é, Deus nos cria para mostrar a sua bondade, e quer que participemos da sua felicidade. Em outras palavras, podemos dizer que viemos para este mundo através do amor, para um dia, chegarmos a unir-nos a Deus na felicidade eterna do céu. Nós existimos para sermos felizes, e esta felicidade consiste em possuir o maior Bem que há e pode haver: o próprio Deus. (1)

O que é esta felicidade?

Um exemplo interessante baseado nesta pergunta é ilustrado no livro A Fé Explicada, que apresenta a história do soldado que servia numa base estrangeira.

“Certo dia, ao ler um jornal da sua terra enviado pela mãe, encontra nele a fotografia de uma moça. Não a conhece, e na verdade nunca ouvira falar dela antes, mas ao ver a fotografia diz de si para si: “Como me agrada esta menina! Bem que eu gostaria de me casar com ela”.

Por sorte, o jornal traz o endereço dela e o soldado decide escrever-lhe, embora sem muita esperança de receber resposta. No entanto, depois de um tempo, a resposta chega. Começam uma correspondência regular, trocam fotografias e contam um ao outro todas as suas coisas. O soldado enamora-se cada dia mais dessa moça que nunca viu.

Finalmente, recebe a sua licença e volta para casa. Durante dois anos, namorou-a à distância; o seu amor por ela fez dele um soldado melhor e melhor homem, pois procurou ser o tipo de pessoa que ela quereria que fosse. Fez as coisas como ela desejaria que as fizesse e evitou as que lhe desagradariam se chegasse a conhecê-la. Já é um anseio ardente por ela o que palpita no seu coração, e agora está voltando para casa.

Podemos imaginar a felicidade que embeberá cada fibra do sei ser quando, ao descer do trem, tomar enfim essa jovem nos seus braços? “Ah, se este momento pudesse eternizar-se!”, exclamará ao abraçá-la. A sua felicidade é a felicidade do amor alcançado, do amor que se encontra em completa posse da pessoa amada”. (2)

Esta história não é nada comparado à união de amor que teremos no céu, quando ficarmos face a face com nosso Senhor. E por que não se compara? Porque a felicidade

do céu consiste em possuirmos a Deus infinitamente perfeito, e sermos possuídos por Ele, numa união tão absoluta e completa que nem sequer remotamente podemos imaginar o êxtase que dela nos advirá. (2)

Esta felicidade passa como as outras?

Eis a melhor notícia que podemos colocar dentro do nosso coração: Esta felicidade, uma vez alcançada, nunca se poderá perder!! Muitas das vezes temos um costume ruim de pensar que as coisas do alto são iguais as coisas terrenas, e isto obstrui todos nós de refletirmos que no céu não teremos mais aquele sentimento de esperança, não iremos mais ter a expectativa do amanhã, pois estaremos vivendo a felicidade com Deus para sempre.

Se nós analisarmos bem nossas alegrias aqui na terra, quando se conquista algo que foi fruto de muitas batalhas, por exemplo, é evidente que nunca estamos satisfeitos por completo. O bem-estar material é uma fonte de felicidade que parece ter ‘data de validade’, ou seja, os bens materiais são como a água salgada para quem está com sede: em vez de satisfazerem a ânsia de felicidade, a intensificam ainda mais. (2)

Por isso, é importante frisar que não podemos basear nossas coisas como se fossem a fonte da verdadeira felicidade, até porque caixão não tem gaveta para poder guardar todas as coisas que você conquistou. Deus, que é infinitamente bom, não iria colocar esta ânsia de felicidade na vida dos seres humanos se Ele mesmo não tivesse a ‘fórmula’ de satisfazê-la.

Que o Espírito Santo nos ajude a nunca mais esquecer que temos um lugar para voltar e, além disso, um Pai que está nos esperando para despejar todo seu amor por toda a eternidade.

Amém!

Referências:

  1. Por que estamos neste mundo? (padrepauloricardo.org)
  2. Trese, Leo John. A fé explicada. São Paulo : Quadrante, 1999.


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