Pescador de homens, um dos Doze escolhidos pelo Filho de Deus, mártir pela Fé e pelo Amor de Cristo. A peregrinação de André, irmão de Pedro, apesar de discreta na Palavra, nos revela um legado de adoração e entrega ao chamado de Jesus.
Nascido em Betsaida, povoação pesqueira a nordeste do Mar da Galiléia, André fora discípulo de São João Batista e, junto de seu irmão, Simão Pedro, participava da intensa atividade de pesca da região. E foi justamente nesse contexto que os dois pescadores receberam o convite ao qual não podiam rejeitar: “Vinde após mim e vos farei pescadores de homens” (Mateus 4, 18-19). André logo reconheceu – “Eis o Cordeiro de Deus” – e os irmãos, assim, deixaram tudo para seguir Cristo e tornaram-se discípulos.
Apesar de ser um dos seguidores mais próximos de Jesus, poucas menções relacionadas a Santo André estão contidas no Evangelho. A primeira delas se dá durante a multiplicação dos pães e peixes, em que, em meio à apreensão geral causada pela insuficiência de recursos, ele leva ao Senhor um menino com cinco pães de cevada e dois peixes, para que o Milagre, em ato de Fé, pudesse ser realizado.
Conta a tradição que, após o Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar a Palavra na Ásia Menor (Rússia, Romênia e Ucrânia), diocese que, posteriormente, o reconheceria como padroeiro. O Santo testemunhou Jesus com seu próprio sangue, já que, por volta do ano 60, fora martirizado em uma cruz em forma de X (Cruz decussata), imaginando-se indigno de ser crucificado no mesmo tipo de cruz do Salvador.
Sua herança de Santidade nos leva a perceber que o Evangelho entra em ação em nossa vida pela porta da fé, mas torna-se também o caminho pelo qual a fé pode avançar com segurança. Santo André, “a ponte do Salvador”.